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MONSTERS NA SERRA CATARINENSE: QUE ROLEM AS PEDRAS (PARTE 2/3)

Boa noite, Monsters!

O primeiro capítulo acabou quando nós (Jaylê e Valnei) chegamos em Lauro Muller. Hospedamo-nos em um hotel simples, na beira da estrada, na base da Serra do Rio do Rastro. A ideia era subir a serra na manhã do dia seguinte, aproveitando o sol nascente, que ilumina todo o paredão. Só não combinamos com São Pedro. O nevoeiro ocupou a manhã toda e nossa tentativa, dessa vez, foi infrutífera.

Mas sempre tem história, né? No pequeno hotel, jantamos uma pizza caseira e um risoto, acompanhados de um Casillero simples, porque é o que havia para o momento. No outro dia, faltou energia elétrica. Foi divertido observar minha linda editora tentando tomar um banho gelado. Era um tal de grito pra lá e gemido pra cá que os vizinhos devem estar curiosos até agora...

Frustrada a vista do Rio do Rastro, seguimos para São Joaquim e encontramos Vanderly e Cleuda na hora do almoço. Iria começar a jornada em busca dos vinhos...

Antes de esmiuçar os passeios, farei uma consideração geral sobre tudo o que degustamos e o que me inspirou para o título do post. Os solos do terroir catarinense são, em sua grande maioria, formados por camadas sedimentares com MUITA pedra. Isso dá aos vinhos da região uma característica mineral muito presente. Provamos alguns bons rótulos, outros nem tanto, mas foi interessante ver como cada produtor trabalha essa "propriedade". Na opinião deste cronista, quem obteve o melhor resultado foi a Leone di Venezia(o Oro Vecchio é muito bom!). Dito isto, e ressaltando que é a minha opinião, vamos em frente.

Após o almoço, partimos em direção à D'Alture, apenas para um brinde de boas-vindas e para marcar uma degustação para o dia seguinte. Dali fomos para a Vinícola do coração da Valéria Frias e do Vanderly Fernandes: a Villa Francioni. O lugar é lindo e foi pensado em cada detalhe. Pudemos degustar ali o famoso vinho da Madona. Coisa de gente chique...

Brinde na D'Alture, degustação na VF, resolvemos voltar para o apartamento alugado para a estadia, não sem antes passarmos na Casa do Vinho, do Comendador Vilson Borges. Pra quê?! O cara nos fez degustar mais uns dez rótulos, agitando quatro taças de cada vez, uma figura. Queijinho daqui, vinho dali, o resultado vocês já sabem: muitas encomendas. As meninas quase não gostaram...

Quando finalmente chegamos no apartamento, não havia energia. Minha linda editora já começou a ficar preocupada. Depois de negociações não muito amistosas com o proprietário, apareceu um eletricista e descobriu que a luz estava cortada por falta de pagamento. Sorte nossa que o vizinho ao lado mandava mais que o Xandão e mandou o coitado do técnico religar, que ele se acertaria com a CELESC. Mandava muito o vizinho...

Dia 2 em São Joaquim, voltamos à D'Alture para uma degustação de 5 rótulos, que viraram 9. Os proprietários, bolivianos, estão investindo em enoturismo, desenvolvendo um projeto de vinícola boutique com estadia. Haverá um túnel ligando os chalés à cave. Tudo bem pensado e de bom gosto. Os vinhos foram os mais minerais, se é que me entendem...

Das alturas, partimos para a Vivalti, que tem um grande projeto de desenvolvimento. Conseguimos provar alguns bons vinhos e um espumante rosé que foi para a adega.

Terminamos o dia com uma passagem rápida pela Villagio Bassetti, mas estava tarde e, sinceramente, não fomos bem atendidos. Ainda deu tempo para uma Monsters muito meiga ter uma digna noite de rainha...

No terceiro dia, conhecemos a minha preferida, a Leone di Venezia. Arquitetura linda, bons vinhos, sempre de uvas de origem italiana, e funcionários muito simpáticos, que enriqueceram a visita. Aí embaixo, tem uma foto dos rótulos que provamos...

O próximo roteiro foi um almoço harmonizado na Vinhedos do Monte Agudo. Boa comida, paisagem linda, a Monster rainha ainda prejudicada pela noite especial. Algumas boas horas de degustação e harmonização e finalizamos o dia brindando com os vinhos do Vander...

O quarto foi o nosso último dia em São Joaquim. Resolvemos visitar a Pericó, o que demandaria uma viagem um pouco maior, agravada por obras na(péssima) estrada de acesso. No caminho, a Valéria desceu do carro para interagir com as lhamas e com os cachorros da fazenda. Muito meiga e valente, como sempre. Depois de mais de hora, chegamos à vinícola e fomos atendidos por um "cara de lhama" que queria que nós pagássemos 110 reais por pessoa, para fazer qualquer coisa. Almoçar? 110, fora o almoço. Lojinha? 110, fora os vinhos. Dar beijinho na lhama? 110. Saímos. E não vai ter foto também...

Como o dia estava bonito, resolvemos esticar até o Rio do Rastro. Foi o melhor sunset da semana, regado a um espumante comprado no trailer do local, que não era o Sebastião, claro...

Passamos bons momentos, coroando os dias de estudo e diversão. No dia seguinte, a gauchada iria embora e partiríamos para as cachoeiras de Urubici, mas isso eu conto no próximo capítulo. Fiquem apenas com as imagens ...

Saudações Vínicas! Daqui a pouco tem mais...

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